quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Crítica "Alien versus Ronaldinho Gaúcho 2". Mais furiosos, mais insuportáveis.


Por Nilton Rodrigues



Experiência. Alien versus Ronaldinho Gaúcho 2 serve, além de provocar uma tremenda dor de barriga cinematográfica, mostra que experiência é essencial quando se quer levar dois dos maiores ícones do cinema para as telonas. Se você procura o suspense quase hitchcoquiano de “Alien- O oitavo passageiro”de Ridley Scott, ou atmosfera claustrofóbica e palpável de horror do primeiro predador, pode tirar o seu cavalinho da chuva. O que temos nesta desculpa esfarrapada de tirar uns trocados a mais da audiência acéfala, é um pastiche da nata dos filmes B não intencionais, dirigido pelos virgens e “fãs” da série Colin Struse e John Davis. Olha que este redator que vos escreve não leva em consideração as criticas da mídia “mainstream”, quando antes mesmo da estréia, já pipocavam críticas destrutivas em relação à película. Bueno, como diria He-man naquelas primorosas lições de moral no final de cada epísódio “pense por si próprio, tire suas próprias conclusões”. Logo de inicio da tortura não pude acreditar como um roteirista consegue conceber uma desculpa tão “Seu madruga de ser” para que Aliens e Ronaldinhos Gaúchos se dilacerem, com possoinhas para “atrapalhar” e ir para o abate. O filme se desenrola (enrola) de uma maneira no mínimo cínica, uma premissa que não esconde em nada um rip off de “a volta dos mortos vivos”, onde uma cidadezinha perto de onde Judas perdeu as botas é infestada por monstrengos e um típico coronel de cara sisuda manda uma bomba atômica dizimando a tudo e a todos, tudo isso recheado com protagonistas saídos direto de novelinhas adolescentes, que acendendo a luz do cinema, não lembramos de mais ninguém. E todo mundo falava que este é mais violento, rá! (escolhe um dedo pra fazer cócegas).
Dramas humanos tentando humanizar uma trama extraterrestre, uma solução interessante se o roteirista soubesse o que estava fazendo. Destaque negativo para a iluminação, que em nenhum momento, vou repetir, em NENHUM momento conseguimos enxergar direito as criaturas, nem quando as cenas ocorrem durante o dia as coisas funcionam. Deprimente!
Olha que este filme consegue ser pior que o primeiro Alien vs Predador que é igualmente pavoroso, mas este sofre ainda mais, pois neste segundo, o encontro dos feiosos já não é mais uma novidade, e isto querendo ou não, pesa muito, principalmente para a multidão nerd que esperava há séculos este encontro de titãs.
Mais um exemplar da sétima arte onde os efeitos especiais e o som digital das salas de cinema tentam cegar o senso crítico do espectador.
Nota 3

Nenhum comentário: