Resenha Spawn 173

Por Nilton Rodrigues


Que a nova fase do Soldado do Inferno anda dividindo opiniões, isso nem se comenta. Mas uma coisa é verdade, indiferente de preferência por esta ou aquela fase, o fato é que seguidamente Spawn vem nos brindado com belas histórias, chame ela como quiser, adulta, sombria, vendida, o escambau.
Nesta quarta parte do arco “Um conto de três irmãos”, vamos mais a fundo no passado sombrio de Al Simmons e sua serelepe família de desajustados. Uma coisa que me chamou atenção desde o inicio deste arco, é o caráter fatídico presente em toda a história de Simmons, mostrando que a maldade indiferente de infernos sobrenaturais, o maior demonio é o próprio Ser Humano, um ser em essência maligno, perverso, e principalmente o mais chocante: indiferente de idade. Dalí, se o caro leitor preferir podemos divagar sobre inúmeras questões sociais e psicológicas. O homem é realmente produto do meio? O mal é inerente à todo Ser Humano? Bueno, acima de tudo, quadrinhos são entretenimento, e a edição 173 também não deixa a desejar em termos de narrativa, que a cada folhada, principalmente à partir da página 10, a vontade de entrar de cabeça no passado do protagonista se intensifica. Palmas para David Hine que brinca com saltos temporais com muito bom gosto. Sempre achei Spawn uma tragédia pessoal, que como em espiral, vai atingindo todos à sua volta, e drama é o que não falta ao descobrir como a predestinação do garoto Al Simmons vira uma bola de neve sem previsão de chegar a um destino final. Verossimilhança nunca foi uma marca registrada nas fases passadas do nosso anti-herói favorito, mas agora tudo toma uma verdade que automaticamente toma proporções aterrorizantes: o encontro com Mammon, o sangue frio da mãe de Al, a maneira de certa maneira simples como tudo tem início, e principalmente caro Zoneiro, o destino final (?) de Richard, irmão de Simmons, apoteótico, trágico e poético. Uma edição que vale a pena não apenas para fãs, mas para todos aqueles que admiram a nona arte.Enjoy!
NOTA: 9

See ya!