
Por Nilton Rodrigues
Fala seus madafacas sedentos de sangue, quem acompanha essa bagaça, sabe que um dos filmes mais esperados do ano para este amiguinho que vos fala, é a quarta parte de um dos filmes do horror mais supimpa de todos os tempos: Estou falando de Jogos Mortais IV, e não é que antes da estréia mundial, o Zona Fantasma estava presente numa sessão fechada só para convidados? Nada podia ser melhor. Mas foi pior.
Antes que os fãs xiitas comecem a espernear e querer me empalar vivo em pleno centrão, saibam que estão falando com uma cara que é um de vocês, “jigfans”, e adoraria escrever com letras garrafais: o filme é do CARALHOOOO!!, mas me senti traído e com uma profunda vontade de serrar o pé de quem estava do meu lado, tamanha a decepção.
Bueno, não vou entregar detalhes da trama, mas todo o vanguardismo do primeiro e a brutalidade seca do terceiro foram deixados para trás. Trocados por uma história complexa, mas sem uma linha narrativa coesa. Para começar posso adiantar que a melhor parte do filme vocês já viram no trailer, a autópsia do Jigsaw, simplesmente fazem de gato e sapato do “corpitcho” do cara, e tudo em closes fechados e demorados, simplesmente matador, mas fica aquela sensação de que os produtores pensaram “o terceiro foi foda, vamos começar chutando o balde”.
Elevaram a enézima potência a câmera nervosa e a edição “videoclip” que já era uma marca registrada dos filmes anteriores, criando uma linguagem confusa e acelerada demais. Dou um saco de jujubas quem conseguir enxergar o que aconteceu com o carinha aquele das facas. Takes com no máximo 3 segundos, iluminação escura demais, muito grito e pouco agito.
Atuações capengas, até mesmo alguns personagens novos são fisicamente parecidos, confundindo ainda mais o espectador. Os “mocinhos” não possuem carisma nem empatia, é impossível se afeiçoar e torcer pelas suas vidas. As armadilhas são bacaninhas, mas ficamos com aquele sorrisinho amarelo estampado, esperando que a coisa desenrole e nada. Já tinha passado uma hora de filme e a trama cada vez mais complexa, as pessoas à minha volta já começavam a olhar as horas e a se mexer inquietas na poltrona, e eu querendo me enganar pensando “vai melhorar”, mas nada.
Uma espécie de “Jigsaw begins” é inserido no meio da trama, para que o espectador entenda as aspirações e o nascimento do psicopata. Tudo meio superficial, não honrando a mente doentia do maior serial killer do cinema contemporâneo.
E aquele final bombástico, sempre dando um gancho para uma seqüência, começa a dar sinais de desgaste, como uma piada que é contada duas vezes, você acha engraçado mas pensa: “Psss....legalzinha, mas conta outra”.
Qualquer pessoa de bom senso consegue visualizar como se tornou inverossímel a proporção que o filme tomou. E o final deixa um gancho para um quinto, sexto, sétimo, ou até onde a cara de pau e ganância dos produtores permitir.
Tragam James Wan de volta para a direção e ponham nos trilhos a série que redefiniu os filmes de serial killers no século XXI.
Mas sabe como é, papel de crítico chega a ser pior que o programa do Datena, mas é importante pois norteia o sentido de um espectador primário; mas não deixem de ver e tirarem as suas próprias conclusões. Mas uma coisa é certa: Que foi uma tortura ver o filme, isso foi.
NOTA: 4
Um comentário:
ah não fala isso!!!
eu sou só empolgação pra estréia amanhã!!
na sua opinião qual é o melhor?
porque depois que eu vi gente dizendo que o melhor é o 2 na comunidade do orkut, eu decidi confiar só na minha opinião!! ahahaha.. beijos
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