quinta-feira, 9 de julho de 2009

O cabelereiro e o publicitário (há mais coisas entre a costeleta e o bigode do que desconfia a nossa vã filosofia)


Por Nilton Rodrigues


Esses tempos pensei em cortar o cabelo, já que 6 meses sem passar a tesoura, as pessoas estão começando a achar que fui escalado para substituir Hugh Jackman em Wolverine ou me acham parecido com aquele outro astro cabeludo do cinema, o Lobisomem.
Bueno, o fato é que não tinha muita grana no momento (o que me leva a perguntar em qual momento eu tenho), e pensei em cortar naquele tiozinho que além de ser cabeleireiro, também afia facas, o que o torna um profissional multifacetado. Mas como não sou redator da Pequenas Empresas Grandes Negócios, resolvi não colocar minhas madeixas nas mãos e lâminas do grande empreendedor.
Mas ao renegar o talento do rapaz, reparei que o mundo da publicidade também é formado por cabeleireiros. Ou quase.
Quantas vezes o bom freelancer perde um trabalho para outro mais barato e invariavelmente mais tosco? É o típico caso do Niltinho optando pelo pelo showman cabeleireiro afiador de facas. Mas é só virar de costas e esperar pelas gozações, afinal, está feito o ninho de rato na cachola.
O mercado também é assim, as boas criações também são feitas por bons artesões da cabeça, seja da intelectual ou da física. Agora, se decidir pelo rapaz que faz barba, cabelo e bigode pelo preço de um, passe a máquina zero de uma vez, afinal, é mais fácil não ver do que ser mal visto.

Nenhum comentário: