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Por Nilton Rodrigues
Tão bom ser cool , tão bacana ser a bolinha da vez dos canais de música e ser vangloriado pelos pseudo-intelectuais. Hoje o Titio Nilton vai dar uma receitinha de bolo para todos aqueles que pretensiosamente sonham um dia ser citados pelos programinhas descolados da MTV apresentados por apresentadoras de all star surrado e cabelinhos modernos amantes da Hello Kitty. Lá vai:
1- Se você for músico, esqueça a técnica. Na realidade nem precisa tocar, e a guitarra desafinada (pois obviamente você não sabe afinar), irá ser chamada pelos críticos moderninhos de “som sujo” ou “um retrato urbano da nova geração rocker”, ou mais ainda, a pérola “salvação do rock”.
2- Ainda no estágio “Você é a bolachinha mais recheada no pacote do rock and roll”, largue toda a paixão que você REALMENTE tenha por uma banda favorita que não esteja nas paradas de sucesso, e quando for dar entrevistas, diga que suas influências são artistas “cool” como: “Johnny Cash”, “Bjork” e algum outro artista completamente desconhecido da Lituânia.
3- Quando lançarem o primeiro cd, escolham uma arte para a capa que de preferência ninguém entenda, e o título deverá ser brega, que obviamente irá ser chamado de “instigante” pelos críticos. As letras das musicas precisam ter algumas palavras chave e sem sentido como “A gente vai se encontrar na beira da praia além da face do sol”.
4- O visual é algo de extrema importância para quem quer ser uma “bolachinha”, e na realidade não sai tão caro se vestir como tal. Vá a qualquer brechó do Bom Fim e faça a limpa nas calças apertadas desbotadas, depois peça para seus amigos passarem de carro por cima do seu all star umas 37 vezes, para que possa parecer completamente podraços. Logo, peça para a sua mãe cortar o seu cabelo (obviamente ela não tem técnicas cabelerísticas), mas é esse exatamente o segredo, quanto mais mal cortado e desgranhado, mais maneiro você vai ficar. Também use camisetas de filmes alternativos que você nunca viu na vida, mas se perguntarem, responda: “É uma influência para a banda” (isso com cara de sério).
5- Performance de palco: uma peça chave para a “bolachinha”, chegue uma hora atrasado ao show, suba ao palco sem dizer uma palavra e toque parado. Com certeza os críticos e produtores gordos acharam tudo aquilo um espetáculo, com direito à manchete: “Uma aula de rock cru”, ou “a salvação do rock” (sim, de novo). Na hora de dizer tchau, não dê tchau, diga um palavrão levantando a lata de cerveja que estava em cima do amplificador, pode ser o clássico “Porraaaaaaaaaa”.
6- Depois do sucesso imediato do primeiro disco, e ser entrevistado até pela Glória Maria, chega a hora de lançar o segundo cd. Reze para que encalhe nas prateleiras, pois no terceiro, você possa dizer: “Este é o nosso melhor trabalho, estamos mais maduros” (balela pura).
7- E finalmente brigue com a sua banda alegando diferenças criativas, para depois se lançar em carreira solo e ser chamado de “salvação do rock” de novo.
Viu seus madafacas, como é fácil? E fica aí sentadinho na frente do computador trabalhando para um chefe com cara de nádegas. Vá ser uma bolachinha e salvar o rock.
Me fui-me
1- Se você for músico, esqueça a técnica. Na realidade nem precisa tocar, e a guitarra desafinada (pois obviamente você não sabe afinar), irá ser chamada pelos críticos moderninhos de “som sujo” ou “um retrato urbano da nova geração rocker”, ou mais ainda, a pérola “salvação do rock”.
2- Ainda no estágio “Você é a bolachinha mais recheada no pacote do rock and roll”, largue toda a paixão que você REALMENTE tenha por uma banda favorita que não esteja nas paradas de sucesso, e quando for dar entrevistas, diga que suas influências são artistas “cool” como: “Johnny Cash”, “Bjork” e algum outro artista completamente desconhecido da Lituânia.
3- Quando lançarem o primeiro cd, escolham uma arte para a capa que de preferência ninguém entenda, e o título deverá ser brega, que obviamente irá ser chamado de “instigante” pelos críticos. As letras das musicas precisam ter algumas palavras chave e sem sentido como “A gente vai se encontrar na beira da praia além da face do sol”.
4- O visual é algo de extrema importância para quem quer ser uma “bolachinha”, e na realidade não sai tão caro se vestir como tal. Vá a qualquer brechó do Bom Fim e faça a limpa nas calças apertadas desbotadas, depois peça para seus amigos passarem de carro por cima do seu all star umas 37 vezes, para que possa parecer completamente podraços. Logo, peça para a sua mãe cortar o seu cabelo (obviamente ela não tem técnicas cabelerísticas), mas é esse exatamente o segredo, quanto mais mal cortado e desgranhado, mais maneiro você vai ficar. Também use camisetas de filmes alternativos que você nunca viu na vida, mas se perguntarem, responda: “É uma influência para a banda” (isso com cara de sério).
5- Performance de palco: uma peça chave para a “bolachinha”, chegue uma hora atrasado ao show, suba ao palco sem dizer uma palavra e toque parado. Com certeza os críticos e produtores gordos acharam tudo aquilo um espetáculo, com direito à manchete: “Uma aula de rock cru”, ou “a salvação do rock” (sim, de novo). Na hora de dizer tchau, não dê tchau, diga um palavrão levantando a lata de cerveja que estava em cima do amplificador, pode ser o clássico “Porraaaaaaaaaa”.
6- Depois do sucesso imediato do primeiro disco, e ser entrevistado até pela Glória Maria, chega a hora de lançar o segundo cd. Reze para que encalhe nas prateleiras, pois no terceiro, você possa dizer: “Este é o nosso melhor trabalho, estamos mais maduros” (balela pura).
7- E finalmente brigue com a sua banda alegando diferenças criativas, para depois se lançar em carreira solo e ser chamado de “salvação do rock” de novo.
Viu seus madafacas, como é fácil? E fica aí sentadinho na frente do computador trabalhando para um chefe com cara de nádegas. Vá ser uma bolachinha e salvar o rock.
Me fui-me
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